
OK, eu sei que certas coisas não se fazem na companhia de crianças, mas eu não tive alternativa e sim, eu fui ao mercado com as duas.
No princípio tudo bem, as duas pularam dentro do carrinho e tudo era um passeio gostoso até que... chegamos à primeira prateleira, aí danou-se.
Comecei pelos produtos de limpeza e é difícil fazer uma garota de quase 2 anos entender que ela não pode beber detergente.
Passei em mais duas prateleiras e estou achando tudo muito calmo até que resolvo olhar e ver que Little Helena abriu todas as embalagens. As pastas de dente estão caindo pelo chão, a mão está toda lambuzada de shampoo e eu consigo reagir a tempo de o papel higiênico não ser totalmente desenrolado.
Comecei a me irritar (sim eu sei que as duas estavam com sono e cansadas, mas eu também e eu sou que nem criança), tirei todo mundo de dentro do carrinho. Maria reclamava porque estava quieta e pagou pela bagunça da irmã, ela estava certa, mas eu não estava com cabeça prá discutir e baixei o centralismo, mas ela ficou tão arrasada que a pus de volta no carrinho.
Pensei em fazer as duas ajudarem para descontrair um pouco a coisa, e assim foi:
-Helena, passe o arroz para Maria dentro do carrinho.
A criança pegou o quilo toda sorridente, caminhou para o carrinho e TUM o jogou no meio da cara da outra que começou a chorar, berrar...
Respira fundo e agora que já está aqui termina. Peguei no braço de Helena e esse foi o castigo dela, ficar agarrada a mãe. Foi o suficiente para berrar e se jogar no chão, fiz que não era comigo ela veio atrás, quieta. Ai, que alívio. Resolveu ajudar, muito, e tudo que via pegava para por no carrinho. Tive dois trabalhos: pegar o que eu precisava e devolver o que não.
Chegamos ao caixa, Maria para prá ficar olhando revistas enquanto Helena as derruba, todas. Eu não sei se termino de enpacotar o feijão ou se corro para arrumar a merda (empacotei e fui), Maria tenta distrair Helena e consegue, consigo passar e empacotar o último produto, agora é só pagar e ir embora.
Helena corre para dentro do mercado, largo tudo e vou atrás, pego pelo braço e ela chora, solto, ela sai correndo passando a mão pela prateleira e derrubando tudo, penso em jogar um carrinho, mas só penso, agarro de novo, berros, chego ao caixa para pagar com aquele serzinho pendurado, o cara que está me esperando para poder passar com suas compras me olha com ar de quem está se perguntando porque uma mulher sozinha vem ao mercado com duas crianças. (Porque a geladeira está vazia e eu não tenho o que fazer com elas, porra!)
Enfim, chegamos ao carro, mando todo mundo entrar enquanto eu guardo as compras. Helena dá cambalhotas. Quando vou pôr o cinto: Buáááááááááá!!!!!!! Esquece, acende um cigarro, liga o som alto e não pensa que ainda vai pegar o trânsito da descida da ponte.
Cheguei em casa, sobrevivi...
Nenhum comentário:
Postar um comentário